Ralkeny Nascimento dos Santos, de 23 anos, estava com a viagem marcada e nesta sexta-feira retornaria para a academia de formação de oficiais, em Santa Catarina
Será enterrado hoje, às 10 horas no cemitério São José, no bairro Santa Rita, o corpo do cadete da Polícia Militar Ralkeny Nascimento dos Santos, de 23 anos, que morreu na última quinta-feira (7), cerca de 20 minutos após dar entrada no Hospital de Emergências (HE), vítima de um tiro acidental que atingiu as costas, praticado por um amigo durante uma brincadeira.
O corpo do militar foi veleado durante a tarde e noite de ontem (8), no ginásio da PM, localizado no comando geral, onde recebeu as últimas homenagens de familiares, amigos e colegas de farda.
O fato
De acordo com informações repassadas para a polícia, o militar e os amigos – um soldado da PM, o repórter de um programa policial e a namorada dele – estavam em um carro no bairro Jardim Felicidade I, zona norte de Macapá, quando o fato aconteceu.
Ralkeny estava no banco de trás do veículo, porém, mudou de posição e sentou no carona quando Neto Borges, amigo de infância da vítima, pegou a arma do militar, uma pistola ponto 40, que estava no banco de trás e começou manuseá-la.
Segundo relatos do acusado, a vítima teria tirado o pente da arma e que estaria carregado. Sem uma explicação exata para o fato, um disparo acidental acabou ocorrendo e atingiu o cadete nas costas. A vítima foi levada para o HE onde não resistiu.
Retorno interrompido
Raukeny entrou para a Polícia Militar no ano de 2010 e em 2012, iniciou o curso de formação de oficiais na Academia de Polícia do Estado de Santa Catarina. Lotado no Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM), o cadete estava em Macapá participando de um estágio no referido batalhão.
De acordo com o tenente Pedro David, da divisão de comunicação da PM, Ralkeny realizou todos os procedimentos necessários e obrigatórios pela polícia para adquirir a arma que viria ceifar a própria vida. O cadete comprou a pistola na última quarta-feira (6).
O militar, que era casado e pai de uma menina de 1 ano, estava de malas prontas para retornar nesta sexta-feira para a cidade de Joinville/SC, onde residia com a família.
Apresentação espontânea
Neto Borges se apresentou de forma espontânea na central de flagrantes do Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) do Pacoval, onde foi ouvido pelo delegado plantonista. Ele pagou fiança de um salário mínimo e responderá ao inquérito por homicídio culposo - quando não há intenção de matar – em liberdade.
A polícia militar aguarda o laudo pericial realizado na arma para saber as circunstâncias de como ocorreu o fato.(Ailton Leite/aGazeta)
Fonte: Amapá Digital
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